Data publicação: 26 de abril de 2020
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Três pedidos de Impeachment foram protocolados contra o presidente Jair Bolsonaro. A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) anunciou a decisão, “tendo em vista os sucessivos crimes de responsabilidade cometidos por ele, assim como os graves atentados à saúde pública e à vida materializados no estímulo ao desrespeito às orientações das autoridades da área de Saúde no tocante à prevenção à pandemia do coronavírus”. A Rede Sustentabilidade apresentou um pedido ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que ainda não se pronunciou. O Partido Socialista Brasileiro (PSB) também anunciou que irá apresentar um pedido à Maia.

A nota da ABI, com data do dia 24 de abril, antes de Sergio Moro pedir demissão do Ministério da Justiça, é assinada pelo presidente da entidade, Paulo Jeronimo Sousa, que também postou um vídeo no site da associação.

A entidade afirma que a exoneração do ex-ministro da Justiça Sergio Moro e a “tentativa do presidente de usar a Polícia Federal para seus interesses pessoais tornam o seu comportamento ainda mais grave e sua situação no cargo ainda mais insustentável”.

– Diante disso – declarou a associação – a ABI resolveu agilizar os procedimentos para ingressar com o pedido de impeachment de Bolsonaro imediatamente.

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na última quinta-feira (23) que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), preste informações em dez dias sobre um pedido de impeachment feito no fim de março por um grupo de advogados contra o presidente Jair Bolsonaro. Maia, até o momento, não se pronunciou sobre a crise.

Esse mesmo grupo de advogados recorreu ao STF para obrigar Maia a analisar o pedido de impeachment – pela Constituição, cabe à Câmara autorizar o procedimento para verificar se houve crime de responsabilidade do presidente.

Os advogados pediram também à Corte que determine ao presidente Jair Bolsonaro uma série de medidas em meio à pandemia do coronavírus. E, após o pedido de demissão de Moro na sexta-feira, os advogados fizeram um “complemento” ao pedido. O grupo afirma que a suposta tentativa de Bolsonaro de interferir na autonomia da Polícia Federal, indicada por Moro, reforça a tese de um crime de responsabilidade.


RF/G1