NB
Das cidades até agora por onde o Blog NB passou e sondou quais os nomes mais comentados como prováveis candidatos a prefeito, Italva foi a que mais rendeu acessos e comentários, perdendo apenas para Itaperuna, numa repercussão à altura da tradicional política da Pedra Branca. Dois anos antes do dia da próxima eleição, o clima de campanha, mesmo sem candidaturas oficiais, já domina as ruas e onde houver dois ou três reunidos, quase como no versículo bíblico, a conversa é sobre prefeitura, câmara e os bastidores de ambas. Porém, se tem algo de bíblico, está mais para o Velho Testamento, com suas contendas colossais. Italva, desde os duros tempos da histórica emancipação de Campos, é terra de gente valente, do tipo que entra para valer na briga eleitoral, dando uma boiada para não sair. Enquanto uns levam na esportiva e já costuram acordos com linhas que nem sempre duram até o próximo tecido, outros partem para manobras mais radicais, usando desde perfis falsos ( fakes), nas redes sociais, a emails contundentes, nem sempre factíveis, porém, de alto teor implosivo. Os blogs, jornais e sites, estão em polvorosa. O mínimo é o máximo quando se trata de buscar nos possíveis adversários as fraquezas escondidas para serem expostas e as fortalezas, para serem ignoradas. Pairam ameaças de processos judiciais, desavenças públicas, amizades estremecidas. Quando o ano que vem chegar e o dia certo da votação for marcado, capítulos e mais capítulos de mais uma campanha antecipada na bela e simpática Italva, já terão se desenrolado… ou se enrolado. Reputações em risco, criatividade exacerbada para desconstruções de plataformas políticas, fofocas, intrigas e golpes nas mais variadas alturas e níveis, fornecem o conteúdo do roteiro. E o eleitor, a ponta final desse novelo de novela, como se sente? Alguém realmente pensa nele, o cidadão, ou é apenas visto como um número na escalada para o poder? A cobiça está no ar e os que a praticam, cegos, não percebem que já são vistos do modo que menos gostariam de ser: exatamente como meros caçadores da Cadeira Principal da Prefeitura. A qualquer preço e custo, mesmo que a alma seja a moeda.