James Alex Fields Jr. posa para foto após confessar jogar seu carro sobre manifestantes contrários ao racismo: escolhas erradas e sofrimento das vítimas - 13/08/2017 (Albemarle-Charlottesville Regional Jail/Getty Images)
James Alex Fields Jr., de 20 anos, foi acusado de homicídio depois de ter atropelado um grupo de pessoas que protestavam contra a marcha de extrema-direita realizada em Charlottesville, Virgínia, nos Estados Unidos. O veículo em alta velocidade causou a morte de Heather Heyer, de 32 anos, e deixou pelo menos mais 30 pessoas feridas.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, um automóvel escuro atinge violentamente a traseira de outro veículo e, em seguida, retrocede velozmente entre os manifestantes. A mãe de Fields Jr., Samantha Bloom, disse à imprensa de Ohio que sabia que o filho planejava ir ao evento, mas que desconhecia sua posição extremista e o havia aconselhado a “agir pacificamente”. Fields Jr. chegou a fugir da cena do crime, mas logo foi encontrado pela polícia de Charlottesville
A marcha “Unite the Right” (Unir a Direita) foi organizada como protesto pela retirada de uma estátua em homenagem ao general confederado Robert E. Lee, que liderou as forças sulistas durante a Guerra Civil americana. Vários dos manifestantes da extrema-direita levavam suásticas e entoavam gritos nazistas. Entre eles estava David Duker, ex-líder do Ku Klux Klan, o mais conhecido grupo supremacista branco da história dos Estados Unidos.
O procurador-geral americano, Jeff Sessions, denunciou o episódio: “A violência e as mortes em Charlottesville agridem o coração da lei e da Justiça americana”, destacou. “Quando se produzem fatos de tamanha intolerância racial e de ódio, traem-se nossos valores fundamentais, e não podem ser tolerados”, insistiu
Veja/RF