O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (10), em primeiro turno, o texto-base da proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo Jair Bolsonaro.
Foram 379 votos a favor -71 a mais do que o mínimo necessário, de 308. Contra foram 131. Não houve nenhuma abstenção. A Câmara tem 513 deputados federais.
O placar supera o obtido pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2003 com a sua reforma, que teve apoio de 358 deputados, o maior até então para esse tipo de medida.Os deputados votaram apenas um destaque -tentativa de alterar pontos específicos da reforma. Os trabalhos serão retomados nesta quinta-feira (11) quando cerca de 20 propostas serão discutidas.
O texto tem de passar ainda por análise em segundo turno, o que pode ocorrer nesta semana. Após isso, segue para o Senado, que deve se debruçar sobre o tema a partir de agosto.
A expectativa dos defensores da reforma é a de que até setembro a Previdência seja aprovada definitivamente pelo Congresso e vá à promulgação. A partir daí, entram em vigor as novas regras.
A reforma é a prioridade legislativa do governo. Apesar disso, a articulação política de Bolsonaro não conseguiu emplacar a proposta original, que previa economia aos cofres públicos de R$ 1,2 trilhão em dez anos.
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