Data publicação: 21 de maio de 2018
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Por:RF 

Candidato líder da oposição não reconhece processo eleitoral e pede novas eleições

O presidente da VenezuelaNicolás Maduro,foi reeleito para mais 6 anos de mandato com uma abstenção de 54% em meio a uma eleição boicotada pela maioria das forças da oposição e com denúncias de fraudes.Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), a participação dos eleitores chegou a 46%, embora fontes do organismo citadas pela Reuters assegurem que no fechamento das seções eleitorais, às 18h, esse número era de 32,3%. 

Nas últimas eleições presidenciais, celebradas em 2013, 80% dos eleitores compareceram aos colégios eleitorais. Ao longo do dia, a maioria das ruas da Venezuela registravam muito pouco trânsito e os colégios eleitorais estavam quase vazios.

 
Ao fundamentar suas denúncias, Henri Falcón fez questão de ressaltar a presença dos chamados  "pontos vermelhos", núcleos de ativismo e proselitismo político, proibidos por lei, que as organizações chavistas instalaram a 200 metros dos locais de votação, e inclusive dentro deles, sob total consentimento do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Os pontos vermelhos são considerados por muitos dirigentes oficialistas, como Diosdado Cabello, um direito adquirido.

Costumam ir a esses espaços os eleitores do presidente Maduro para registar seu voto com o  chamado "carnê da pátria", com o qual estariam assegurando as ajudas e os programas sociais em troca de votos. O carnê é um documento com que o chavismo tenta conquistar o apoio das classes populares. Circulam no país mais de 16 milhões.

Eles permitem o acesso a bônus e serviços e, ainda que oficialmente não sirva para receber atenção preferencial no recebimento das caixas periódicas de alimentos, é um instrumento utilizado para medir a fidelidade ao regime.

 

Fonte:El País 

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