Data publicação: 24 de janeiro de 2018
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Por: Renato Freitas

Crédito: TRF4

Advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins começou a defesa dizendo que houve atos com “objetivos de criar fatos políticos”, como a divulgação da conversa de Lula com a ex-presidente Dilma. “Aquilo foi um ato político”. O julgamento do ex-presidente Lula é realizado nesta quarta-feira (24) no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) em Porto Alegre. Em julho do ano passado, o juiz Sergio Moro condenou Lula em primeira instância a 9 anos e 6 meses de prisão no caso do tríplex do Guarujá, no litoral de São Paulo. O petista é acusado de receber o apartamento da construtora OAS em troca de favores na época em que ainda era presidente.                        Segundo Zanin, a sentença tem um terço de seus parágrafos dedicados a atacar a defesa e destinar espaço de autodefesa ao juiz. “O abuso do direito de acusar não pode ser aceito.” Ele reafirma que a acusação tem motivações políticas e cita que, recentemente, o Conselho Nacional do Ministério Público fez recomendação para que um dos membros da Operação Lava Jato deixasse de usar as redes sociais para veicular manifestações políticas. “Como pode um agente do Estado, que tem o poder de acusar, usar redes sociais para demonizar aqueles que ele está acusando em um processo?”, questionou.

O advogado diz ainda que o juiz Sérgio Moro construiu uma acusação própria ao proferir sua sentença. Segundo ele, existe ali uma “completa distorção da suposta origem da vantagem indevida”. Ainda de acordo com ele, não há nenhuma prova no processo que apresenta o caminho do dinheiro. “A denúncia dizia que o ex-presidente Lula teria recebido a propriedade do apartamento triplex. Mas a sentença fala em atribuir o imóvel. O que significa atribuir?”, questiona, dizendo que o termo não está especificado na legislação. “Ficou claro pelos autos que Lula jamais recebeu as chaves do apartamento.”  istoe.com.br/rfitaperuna o site do povo.