Data publicação: 20 de maio de 2020
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Rio - As unidades de saúde estaduais passam, a partir de agora, a adotar um novo protocolo de tratamento com anticoagulante e corticoide para os pacientes da covid-19. A informação foi anunciada, nesta terça-feira, pelo governador Wilson Witzel. De acordo com o secretário de Saúde Fernando Ferry, novos estudos científicos apontam que o tratamento deve ser precoce, quando os pacientes ainda não apresentam falta de ar e, por isso, não necessariamente precisariam ser entubados.
"Temos que tratar este paciente de forma muito precoce. Hoje, o protocolo é medicação e, caso o paciente tenha falta de ar, é orientado a voltar à emergência. Mas quando o paciente retorna ao hospital, ele já está com 50% do pulmão comprometido. A partir daí, não tem jeito. O novo protocolo que vamos adotar diz que, quando a pessoa entrar na fase 2, vamos administrar dois medicamentos: anticoagulante e corticoide. Se o paciente é internado nesta fase, com 25% de comprometimento pulmonar, e com estes remédios, evitamos a evolução do quadro. Isso está dentro das prerrogativas do SUS", explicou Fernando Ferry.
"O doutor Ferry, com experiência acumulada nesses meses de pandemia, traz uma proposta que pode melhorar o tratamento e evitar a internação de muitos pacientes. Se nós aplicarmos em larga escala, mudando esse protocolo, certamente poderemos enfrentar a doença, o que reduzirá necessidade de CTI e aumentará nossa chance de rápida retomada da economia. Nós estamos em uma guerra", disse Witzel. 
Ainda de acordo com o secretário de saúde, nesta quarta-feira (20), 135 respiradores chegarão para equipar o hospital de campanha do Maracanã. "Na próxima semana, em data a ser definida ainda, nós teremos mais 160 respiradores", acrescentou o secretário, afirmando que eles serão destinados ao hospital de campanha do Maracanã.
Flexibilização gradual a partir de junho
Com relação à flexibilização das medidas restritivas no estado, Witzel disse que a análise da curva de contaminação no Rio de Janeiro é feita semanalmente. Mas adiantou que algumas iniciativas já podem ser estudadas e colocadas em prática no mês de junho.

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