Por:Renato Freitas
A previsão inicial é de dois meses de trabalho intenso, mas o prazo pode se estender por quanto tempo for necessário.
secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, André Garcia, afirmou que as polícias Militar e Civil vão monitorar todos os 198 km de divisa com o Rio de Janeiro e Minas Gerais, a partir desta quinta-feira (22). A previsão inicial é de dois meses de trabalho intenso, mas o prazo pode se estender por quanto tempo for necessário.
Para o reforço, bloqueios serão feitos pela polícia em oito pontos do estado, sendo que a BR-101 foi o único relevado pelo secretário. Os demais não serão mencionados, por tratar-se de trabalho de inteligência policial. O monitoramento vai ser feito por helicópteros, drones e viaturas.
O plano foi anunciado após o decreto de intervenção federal na Segurança Pública no estado do Rio de Janeiro, assinado pelo presidente Michel Temer na sexta-feira (16), no Palácio do Planalto.
No fim da noite desta terça-feira (20), o decreto foi aprovado no Senado, por 55 votos a 13 (1 abstenção). A publicação vai ser feita no "Diário Oficial da União".
Garcia destacou que serão empregados de 130 a 140 policiais civis e militares por dia, além de outros 20 policiais rodoviários federais. O reforço nas divisas vai ter um custo total de R$ 2,5 milhões.
"É um plano de prevenção. Não há, hoje, nenhum indício que aponte para a migração de criminosos para o nosso estado. Essa é uma iniciativa que leva em consideração uma possibilidade eventual", disse.
O secretário destacou que vai a São Paulo se reunir com o Ministro da Justiça e solicitar o retorno ao Espírito Santo de policiais rodoviários federais emprestados ao Rio de Janeiro.
Além disso, Garcia disse que vai pedir que seja feito um protocolo que funcione como um canal de informações em tempo real de inteligência dos estados do Sudeste, para monitorar os oito pontos de bloqueio.
Com a união dos estados, vai ser possível programar ações conjuntas. "Aconteceu recentemente uma operação em Campos, no Rio de Janeiro, de que nós participamos. E queremos fazer assim", mencionou.
G1/RF