Data publicação: 28 de março de 2018
compartilhe:

Por:RF 

Lula em Caravana pelo sul do Brasil (Lula/Facebook/Divulgação)

Lula em Caravana pelo sul do Brasil

Segundo Gleisi Hoffman, dois ônibus da caravana foram atingidos por tiros nesta terça-feira

São Paulo – Dois dos três ônibus da  caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela região Sul do país foram atingidos por tiros nesta terça-feira (27) enquanto o comboio seguia de Quedas do Iguaçu para Laranjeiras do Sul, no Paraná.

Um dos veículos foi atingido por dois tiros nas laterais e o outro teve um de seus vidros estilhaçados. Os ônibus levavam integrantes da imprensa e convidados. 

No Twitter, o ex-presidente publicou duas fotos com os ônibus alvejados. “Se eles acham que fazendo isso vão nos assustar, estão enganados. Vai nos motivar. Não podemos permitir que depois do nazismo esses grupos fascistas possam fazer o quiser”, escreveu Lula.”Esperamos que quem está no governo estadual e federal, seja golpista ou não, assuma a responsabilidade”.

“Se querem brigar, briguem comigo nas urnas. Mas vamos respeitar a democracia, a convivência na diversidade”, afirmou. “O que eu estou vendo agora é quase o surgimento do nazismo. O que estamos vendo agora não é política, porque se quisessem derrotar o PT, iriam para as urnas.”Em nota, o partido relata que o ataque ocorreu quando os ônibus tiveram que reduzir a velocidade devido à existência de miguelitos (que são arpões usados para furar pneus de veículos) na estrada. Ainda segundo o partido, já foi feito um boletim de ocorrência sobre o caso e os dois ônibus serão submetidos a uma perícia.

“Nós podíamos ter uma pessoa morta”, disse a presidente nacional do partido, a senadora Gleisi Hoffman, em discurso na Universidade Federal da Fronteira Sul, segundo vídeo publicado nas redes sociais.

De acordo com Gleisi, foi solicitado ao Ministério de Segurança Pública policiamento em alguns eventos. Segundo post do ex-presidente, o Paraná foi o único estado que não ofereceu escolta policial para o comboio.

“Nós não temos segurança em relação à caravana do presidente [Lula]. Não é grupo de oposição política, é milícia armada”, afirmou a senadora. “Nossa caravana foi vítima de emboscada, um atentado. Essas pessoas querem matar o presidente Lula”.

A caravana do ex-presidente pela região Sul termina nesta quarta-feira (28) em Curitiba (PR) — na mesma data, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) também fará um evento na cidade.

A peregrinação do petista pelos três estados foi marcada por um clima de tensão desde o início, quando foi alvo de protestos de fazendeiros. Na segunda, o ex-presidente foi alvo de disparos de ovos enquanto discursava em um palanque em São Miguel do Oeste (SC).

Nesta semana, o Tribunal Regional da 4ª Região negou os embargos de declaração apresentados pela defesa de Lula. Na próxima quarta-feira (4), o Supremo Tribunal Federal (STF) decide se ele pode ser preso após essa condenação.

Exame/RF Itaperuna