Por: RF
Conversa teria ocorrido momentos antes de segundo tenente ser morto em tentativa de assalto na Freguesia
Rio - O melhor amigo do subcomandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Guilherme Lopes da Cruz, de 26 anos, publicou a última conversa que teve com o amigo no WhatsApp. O segundo tenente foi morto em uma tentativa de assalto, na Freguesia, Zona Oeste do Rio, por volta das 3h30 de quarta-feira. Horas antes de ser assassinado, o policial havia recuperado, na Vila Kennedy, a arma de um sargento do Exército morto durante arrastão em Campo Grande.
Nas mensagens, à 0h45 do mesmo dia, o PM contou que bandidos estavam atirando contra a base da UPP. "Cuidado aí na pista", pediu o melhor amigo. "Estou aqui agora, aguardando o que vai ser. Se vai rolar mesmo ou não", disse o segundo tenente. "Mas ataque como?", perguntou o amigo. "Vagabundo atacando as bases da UPP", respondeu o policial. "Achei que fosse de facções. Cuidado, irmão!", completou o jovem. "Pode deixar. Se eu morrer, morri fazendo o que eu amo", afirmou o subcomandante. O amigo escreveu ainda: "Nunca mais repita isso, ouviu?".
A conversa foi divulgada pelo próprio amigo nas redes sociais. Na publicação, ele fez a última homenagem a Guilherme. "Não consigo descrever a dor que sinto agora. O melhor amigo, filho e flamenguista que já tive o prazer de conviver! Obrigado por me dar a oportunidade de ser seu amigo. Obrigado por me proporcionar momentos que nunca vou esquecer Obrigado pelos sorrisos de sempre! Vai com Deus, meu irmão", disse.
Na manhã desta quinta-feira, policiais da UPP Lins recuperaram a pistola roubada do PM Guilherme. O corpo do subcomandante será enterrado na tarde desta quinta-feira no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap.
Relembre o caso
O policial foi morto por volta das 3h30 quando pegava um lanche no drive thru em uma rede de fast food na Estrada do Gabinal. Ele foi rendido por dois assaltantes, reagiu e conseguiu atingir um dos bandidos, mas um outro criminoso que dava cobertura baleou o oficial.
O tenente chegou a ser levado para Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas não resistiu aos ferimentos. O segundo tenente estava na Polícia Militar há três anos. Filho de oficial da Marinha, ele falava cinco idiomas. odia/rfitaperuna o site do povo.